Entre os motivos estão os insumos caros e o excesso de importação.
Sem ter como cobrir os custos, a maioria dos produtores de leite deixa de investir no rebanho e abandonam a pecuária leiteira.
Na propriedade da família Garlet em Sede Alvorada, distrito de Cascavel, a principal atividade é a pecuária leiteira.
O rebanho é formado por 100 vacas da raça holandesa.
São 52 animais que produzem, em média por dia 32 litros cada, e por mês são 47 mil litros.
O produtor reclama que o custo da produção está cada vez maior e o preço pago no laticínio que é de R$ 2,29 por litro está muito abaixo do que foi pago no mesmo período do ano passado, quando estava até 3,20 o litro.
A propriedade investe em tecnologia e, para manter a qualidade, o leite fica neste resfriador a 4°C.
O produtor segue as normativas da Vigilância Sanitária, mas não existem incentivos para uma política de preços, e esse é um dos motivos da pecuária leiteira dar tantos prejuízos.
O cenário na região mudou.
Em 15 anos, o local que antes tinha mais de 50 produtores de leite, agora tem apenas cinco.
Na região Oeste, dos mil produtores associados no Sindicato Rural, 173 produziam leite até agosto deste ano.
Desse total, somente neste mês, 30% deixaram a pecuária leiteira.
Além dos insumos caros, entre os motivos estão o excesso de importação, quase 60% do leite comercializado no Brasil vem da Argentina e do Uruguai por meio do acordo do Mercosul e, com isso, quem sofre é o pequeno produtor.
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